Akio Suzuki nasceu em 1941 em Pyongyang. Desde a sua primeira exploração sonora em 1963, onde atirou objetos pela escada abaixo na Estação de Nagoya, que Suzuki procurou usar a escuta como prática artística. Conhecido como pioneiro da arte sonora, é um investigador de “som e espaço”, inventor e construtor de instrumentos. No Lisboa Soa, ofereceu-nos um dos momentos mais marcantes, quando, andando em círculos pela estufa da Tapada, batia duas pedras com as mãos, alternando os ritmos e padrões numa exploração constante do som dentro do espaço. A plateia de todas as idades, disposta à volta dele, observava em silêncio os diferentes objetos que ia retirando de uma caixa, atenta aos sons subtis que deles retirava. Sem qualquer amplificação, Akio brincou com as reverbações do espaço e os seus ecos, deixando-nos em suspenso nos sons terrenos e ao mesmo tempo etéreos dos seus objetos. Terminou a performance com o célebro Analapos, instrumento por si criado na década de 70.