As aves ou o que chamamos de forma mais comum, os pássaros, fazem parte da nossa
paisagem, quer urbana, quer rural. A nossa relação com as aves acontece sobretudo
a partir da escuta do seu canto. Por vezes conseguimos identificar o cantar grave e repetido
de uma rola, ou o ecoar estridente de um corvo. É também por essa razão que, quando se fala
no crescente perigo de extinção de muitas espécies – da sua captura involuntária na pesca
de arrasto, ou na fragilização dos seus ecossistemas – é um pouco abstrato para muitos de nós,
pois de facto muitas destas aves não estão ao alcance do olhar. Procurando cultivar uma maior
consciencialização para este tipo de questões ambientais, esta caminhada tem como objetivo
a aproximação ao mundo das aves no Parque Eduardo VII, através do seu riquíssimo mundo sonoro.
Caminhada aberta a todas as idades
+ info: lisboasoa@gmail.com
Francisco Pinheiro (Lisboa, 1981): É artista visual e o seu trabalho parte
de narrativas coletivas associadas a um determinado território – a questão
da seca na Califórnia, ou o desaparecimento do Mar de Aral – convocadas
em instalações, textos e performances. Recentes exposições: Não é ainda
o Mar, Convento Corpus Christi (Gaia, PT) curadoria de Óscar Faria; Desarvorar,
Biblioteca Orlando Ribeiro (Lisboa, PT) curadoria de Carolina Trigueiros;
Os Índios da Meia-Praia na Galeria 111 (Lisboa, PT) curadoria de Nuno Faria;
e a exposição individual Sob um sol de agulhas no Instituto Camões (Lisboa, PT).
É mestre pela San Francisco Art Institute (California, 2014) como bolseiro
Fulbright/Fundação Carmona e Costa e licenciado em Pintura pela F.B.A.U.L. (Lisboa, 2005).
Álvaro Fonseca (Lisboa, 1961): Após formação universitária em Eng.ª Química
e Biotecnologia no Instituto Superior Técnico e um doutoramento em Microbiologia
pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), enveredou por uma carreira académica
na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL, onde foi docente e investigador na área
das Ciências da Vida durante 28 anos. Tem vindo a desenvolver acções em escolas, espaços
públicos e associativos, na áreas da educação, investigação artística e o activismo político.
Participou no Movimento GerAções, na organização da Ajudada e tem colaborado
com estruturas de investigação artística, como o c.e.m. – centro em movimento, ou Museu da Crise.
Paulo Morais (Paris,1977): Em 1996 conclui o curso de ensino artístico
especializado de Comunicação Audiovisual da Escola António Arroio.
Terminada esta primeira formação, dedica-se a um estudo musical autodidata
na área das percussões tradicionais. Em 2009, cria o grupo musical Tumbala,
uma fanfarra que dá vida a instrumentos de grande formato, em materiais reciclados.
Desde 2010, tem criado performances, instalações sonoras e fotografia em espaços
como a Biblioteca Orlando Ribeiro, a Z.D.B. ou o Espaço Avenida 211.
West Coast é um colectivo nómada, formado por Álvaro Fonseca, Francisco Pinheiro,
Laura Marques, Nuno Barroso e Paulo Morais. Com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian
em 2016, iniciaram um ciclo de eventos em torno das aves, reflectindo sobre o desaparecimento
de algumas espécies e seus ecossistemas. Eventos e exposições recentes: PENHA SCO (Lisboa),
Casa das Artes (Porto), Faculdade de Ciências e Tecnologia – NOVA (Monte da Caparica), entre outros.
//
Birds are part of our landscape, whether urban or rural. Our relationship with birds happens mainly
from listening to their songs. Sometimes we can identify the low and repeated singing of a turtledove,
or the shrill echo of a crow. It is also for this reason that when it comes to the growing danger
of extinction for many species – their involuntary capture in trawl fishing or the weakening of their
ecosystems – it is somewhat abstract to many of us, as indeed many of these birds are not within our sight.
Seeking to raise awareness of this type of environmental issues, this walk aims to bring birds
closer to the Eduardo VII Park through its rich sound world.
Soundwalk open to all ages
+ info: lisboasoa@gmail.com
Francisco Pinheiro (Lisbon, 1981): He is a visual artist and his work is part
of collective narratives associated with a particular territory – the issue of dry in California,
or the disappearance of the Aral Sea – summoned in installations, texts and performances.
Recent exhibitions: Não é ainda o Mar, Convento Corpus Christi (Gaia, PT)
curated by Óscar Faria; Desarvorar, Orlando Ribeiro Library (Lisbon, PT) curated by Carolina Trigueiros;
Os Índios da Meia-Praia at Gallery 111 (Lisbon, PT) curated by Nuno Faria; and the solo exhibition
Sob um sol de Agulhas at the Camões Institute (Lisbon, PT). He holds a master’s degree
from the San Francisco Art Institute (California, 2014) as a Fulbright/Carmona and Costa Foundation
Fellow and a degree in Painting from F.B.A.U.L. (Lisbon, 2005).
Álvaro Fonseca (Lisbon, 1961): After a university degree in Chemical Engineering and Biotechnology
at Instituto Superior Técnico and a PhD in Microbiology from Universidade Nova de Lisboa (UNL),
he pursued an academic career at the Faculty of Science and Technology of UNL, where he was
a professor and researcher in the Sciences of Life department for 28 years. He has been developing actions
in schools, public and associative spaces, in the areas of education, artistic research and political activism.
He participated in the GerAções Movement, in the organization of Ajudada and has collaborated with artistic
research structures, such as c.e.m. – moving center, or Museu da Crise.
Paulo Morais (Paris, 1977): In 1996, he completed the specialized artistic teaching course
on Audiovisual Communication at the António Arroio School. Finished this first formation,
he dedicated himself to a self-taught musical study in the area of traditional percussions.
In 2009, he created the musical group Tumbala, a fanfare that gives life to large format
instruments made from recycled materials. Since 2010, he has created performances,
sound installations and photography in spaces such as the Orlando Ribeiro Library,
Z.D.B. or the Avenida 211 Space.
West Coast is a nomadic collective formed by Álvaro Fonseca, Francisco Pinheiro,
Laura Marques, Nuno Barroso and Paulo Morais. With support from the Calouste Gulbenkian
Foundation in 2016, they began a cycle of events around birds, reflecting on the disappearance
of some species and their ecosystems. Recent events and exhibitions: PENHA SCO (Lisbon),
Casa das Artes (Porto), Faculty of Science and Technology – NOVA (Monte da Caparica), among others.